Wednesday, August 04, 2004

[pág. 142, POEMA INÉDITO]

A sombra enforcou naquele candeeiro
o homem que eu imagino
para ali a dançar o nevoeiro
do seu destino.

Que fácil matar assim!

Nem lhe falta o corvo
num halo
de carícia
— a devorá-lo
dentro de mim…

(Cuidado! Um polícia.
Vou ressuscitá-lo.)

José Gomes Ferreira